Edmund Burke alertava sobre os perigos da simplificação excessiva do ensino, argumentando que “a verdadeira educação requer um rigor que se perde na superficialidade das doutrinas modernas.” Esta reflexão ressoa profundamente num contexto onde as aulas, desprovidas de rigor científico, são conduzidas sob o estandarte de um progressismo pedagógico que mais desorienta do que orienta.
A consequência direta dessa abordagem tem sido a formação de gerações de analfabetos funcionais, incapazes de discernir entre verdade e ficção. Como apontava Gustavo Corção, “a educação sem princípios sólidos é uma forma de escravidão intelectual, que aprisiona em vez de libertar a mente.” Condenados a uma vida de dependência dos aparatos assistencialistas do Estado, esses jovens encontram-se numa trágica ironia: educados para a dependência, celebram sua própria servidão.
A gestão escolar, conforme Roger Scruton observaria, adota “uma postura de complacência com o fracasso, que é um reflexo não de compaixão, mas de um descompromisso com a excelência.” Encorajando um sistema onde o mérito é substituído pela mediocridade garantida, a aprovação incondicional tornou-se a norma.
Tal política não apenas compromete o futuro dos alunos mas também perpetua um ciclo vicioso de incompetência e irresponsabilidade social. O diploma, uma vez símbolo de erudição e esforço, agora serve apenas como passaporte para o vasto mundo do assistencialismo, onde a ignorância é recompensada e a dependência incentivada.
É urgente, como propunha Karol Wojtyła, uma reavaliação dos princípios que norteiam nossa educação: “Devemos voltar aos fundamentos, ao respeito pelo conhecimento verdadeiro e ao compromisso com a formação integral do ser humano.” Caso contrário, continuaremos a testemunhar o declínio não apenas de nosso sistema educacional, mas da própria estrutura social que ele deveria fortalecer.