quarta-feira, 22 de maio de 2024

Além da Sobrevivência: será que isso um dia irá passar?

Foto: REUTERS/Diego Vara
Eventualmente, somos surpreendidos com notícias de tragédias naturais. Muitas famílias perdem tudo o que tinham; vidas humanas e animais são tragicamente ceifadas. Em meio a essa calamidade, muitas pessoas se dedicam a operações de resgate, doações e acolhimento dos desabrigados. Como conforto, as vezes se diz "pelo menos estão vivos" ou "vão-se os anéis, mas ficam os dedos", como diz o ditado.

No entanto, essa frase, embora bem-intencionada, muitas vezes desconsidera a profundidade das perdas enfrentadas. Aquela casa inundada ou levada pelas águas não é apenas um edifício; representa uma vida inteira de trabalho árduo. Cada móvel, cada eletrodoméstico, cada pequeno bem acumulado ao longo dos anos é um sonho realizado e carrega uma história com um valor sentimental imenso.

Não se trata de materialismo, mas de reconhecimento do esforço e da dedicação de cada indivíduo para construir seu lar. Perder tudo isso em questão de horas é devastador. Nessa hora, dizer "pelo menos você está vivo" não conforta, pois ignora o impacto emocional dessas perdas. A casa, o carro, os móveis, a TV – cada um desses itens pode ser um sonho de vida, um símbolo de realizações e sacrifícios.

É importante que, enquanto oferecemos nosso apoio e solidariedade, reconheçamos também a profundidade dessas perdas. Devemos lembrar que a reconstrução não é apenas física, mas também emocional. A verdadeira empatia está em reconhecer e validar a dor de quem perdeu tudo, entendendo que a sobrevivência é apenas o primeiro passo de um longo e difícil caminho de recuperação.


Tocando no Walkman:

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá

Por gentileza identifique-se, comentários sem identificação não serão publicados.

Obrigado
L.S.T.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...